terça-feira, 5 de junho de 2012

Projeto Praça Viva é


Você conhece seu vizinho do lado? E na casa da frente, quem mora? Sabe o nome daquela dona da rua de baixo? E seu bairro? O que ele significa pra você? É só um lugar onde tem sua casa pra descansar do trabalho?

Cada macaco no seu galho, cada um no seu quadrado. Esse é o lema dos nossos tempos modernos. Cuide do seu que cuido do meu. Cada um com seus problemas. Grades nas janelas, portões acorrentados, portas trancadas. A vida em comunidade é espécie em extinção. Os bairros hoje não passam de um amontoado de casas onde moram amontoados de pessoas. E só. E sós. A sós.

Na contramão dessa maré, nós, do Projeto Praça viva, resolvemos tocar nosso barco. Como? Praça. A praça, tempos atrás, já foi um ponto importante para as comunidades. Seus bisavós, seus avós e até mesmo seus pais (dependendo da sua idade) podem ter se conhecido numa praça. Ou se não, pelo menos ter passado boa parte do seu romance numa delas. Sim, você, de pé aí (ou sentado), pode ser fruto de uma praça. Praças eram ponto comum, onde tudo acontecia. Conversas, namoricos, jogos e brincadeiras, protestos, manifestações artísticas. Ainda hoje, em algumas cidades do interior podemos ver essa função nelas. Mas aqui, em plena cidade grande, não mais. Muitas delas aqui na cidade, inclusive, acabaram se tornando pontos indesejáveis. “Não vem pela praça que é perigoso”. “Ei menino, sai daí que é sujo!”.

Pensando nisso, o Projeto Praça Viva escolheu algumas praças para apostar suas fichas e depositar seus esforços. Acreditamos que, ainda hoje, praças podem ser utilizadas para ajudar a deixar nossa cidade um pouco menos cinza e nossas comunidades um pouco mais ricas. Então colocamos o pé na rua e a mão na massa para revitalizá-las.

Serão dois meses de atividades em cada um dos pontos escolhidos. Entre elas oficinas de horta urbana, jogos e brincadeiras, criação literária e artes visuais. Tudo com muita integração, bate-papo, música, arte e cultura. É criar identidade. É produzir e consumir cultura, experiência de vida. É poder dizer “nós somos quem somos e fazemos o que fazemos”.

O projeto é voltado a tudo e a todos. Do molequinho descalço à senhora cansada. Netos, estudantes, pais de família, donas de casa, avôs, aposentados, jovens, adolescentes.

Todos são bem-vindos. E necessários. 

O projeto não acontece sem vocês. Sem as experiências de vocês, sem a vida de vocês. Cada um acrescenta um pouco do que tem, do que sabe. Porque a praça é nossa. E não é a da TV. A praça é nosso quintal.

Então, nos vemos lá!

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